O Caso de Dee Dee e Gypsy

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O Caso de Dee Dee e Gypsy


foto das duas


  “Aquela vadia está morta.” Escreveu Gypsy no Facebook da mãe, depois comentou “Eu cortei aquele porco gordo e estuprei sua filha doce e inocente… Seu grito foi tão alto.”


Então bora para esse episódio que um dos mais bizarros que eu conheço. Pois imagina uma mãe, começar a falar que a filha tem uma série de problemas de saúde incluindo um certo retardo mental e ainda falar que ela não podia andar! Pois foi isso que uma mãe fez, submeteu a filha a muitas cirurgias e a tomar uma série de remédios onde ela não precisava. Isso é desde os seus 3 meses de idade.


Cansada das mentiras da mãe sobre as mentiras do seu estado de saúde, Gypsy decide assassiná-la junto de seu namorado.

A família perfeita.

Dee Dee Rose Blancharde e sua filha Gypsy moravam juntas em Springfield, Missure, nos Estado Unidos. Ela tinha 48 anos e era originalmente do estado da Louisiana, no sul do país. Ela era uma mulher grande e afável, traços realçados pelas roupas coloridas que gostava de usar. Dee Dee tinha cabelo castanho encaracolado e gostava de prendê-lo com fitas. Ela fazia amigos com facilidade e inspirava devoção profunda. Ela não trabalhava fora, pois ela usava todo o seu tempo para cuidar da filha doente.

Sobre as doenças da filha a mãe já vinha com uma lista de doenças. Algumas das doenças incluíam anomalias cromossômicas, epilepsia, apneia do sono, distrofia muscular, problemas na vista, asma severa entre muitas outras. Ainda segundo a mãe de Gypsy, ela era doente desde de quando era apenas um bebê.

a suposta família perfeita

Elas eram uma família perfeita, aos olhos das pessoas ao redor. Mas se fossem uma simples família norte-americana tal caso não estaria aqui no Voz do Além, certo?

Então um belo dia uma postagem no Facebook de Dee Dee Blancharde, essa postagem ainda está disponível em sua conta, surge o seguinte post. “A vadia morreu!”.


Os vizinhos começaram a achar tal postagem estranha e acabaram ligando para a polícia, pois desde esse fato estranho com a família até então perfeita estava totalmente estranho, e os vizinhos não tinham vistos as duas a um tempo.

A polícia vai à casa delas para averiguar, a pedido dos vizinhos, pois imagina uma mãe tão carinhosa como Dee Dee e sua filha doente que nem consegue andar some assim do nada. Até que os policiais encontram o corpo de Dee Dee esfaqueado na cama, e os indícios mostravam que o crime era recente. Gypsy não estava em casa. Assim o mistério começa!

Uma amiga de Gypsy, Aleah Woodmanse, vai até a polícia e conta que, segundo ela, Gypsy tinha um namorado que conheceu na internet, mas que esse namorado era segredo, já que sua mãe era superprotetora e não deixava ela namorar.

Gypsy relatou que fugiu de casa uma vez para ir a um evento Geek, segundo ela, Gypsy contou para seu amigo o que acontecia em sua casa, o que sua mãe fazia com ela, ele então disse, abre aspas, Arrume suas coisas, que você morará comigo em Arkansas.”, fecha aspas. Ela aceitou e foi com ele. Ela conseguiu carona na beira da estrada com estranhos e foi até a casa dele. E em 4 horas, sua mãe a encontra na casa dele, pois eles tinham alguns amigos em comum.

Ela disse que ia chamar a polícia para ele e levou Gypsy com ela, mas ela não chamou a polícia, apenas o ameaçou.

Em casa, Dee Dee, pegou um martelo e quebrou o computador da filha junto de seu celular e que se ela fizesse isso mais uma vez, ia esmagar seus dedos com o martelo. Ela então pegou uma corrente de cachorro e a prendeu na cama com algemas, limitando sua locomoção apenas pelo comprimento da corrente do cachorro. Ela então entra em contato com um advogado e pede para ele fazer um papel para comprovar que sua filha tinha um sério problema mental. O castigo da filha durou duas semanas, segundo se relato. Ela relatou que foi por isso que nunca contou a ninguém sobre sua mãe, pois quem imaginaria uma coisa dessas, e além do mais ela tinha, segundo documentos, um sério problema mental, aí ninguém ia acreditar nela. E além de que ela vem sofrendo uma certa lavagem cerebral desde os seus 3 meses de idade.

Voltando a testemunha e amiga de Gypsy, segundo Aleah, Gypsy o conheceu num site de relacionamento cristão, e já estavam se falavam há mais de 2 anos. Tal namorado era Nicholas Godejohn, de 24 anos de idade, ele era 6 anos mais velho que ela. Ele morava na cidade de Big Bend, em Wisconsin.


Depois do relato, a polícia vai até a casa de Nicholas, onde ele se rende facilmente. Gypsy estava na casa e para a surpresa dos policiais ela estava em pé sem as cadeiras de rodas, já que não era necessário. Mas para os policiais foi um espanto, já que os vizinhos falaram que ela era muito doente e tinha atrofia muscular, impedindo de andar.

Depois de vasculharem a casa, os policiais não encontraram seus remédios e nem seu tanque de oxigênio, o que aumentou ainda mais o mistério.

Gypsy, estava com os cabelos bem curtos, todos espetados para cima. Já que sua mãe raspava sua cabeça para que ela parece estar doente, desde que era criança. O que era mentira, Gypsy não tinha nenhum problema de saúde, era tudo invenção da mãe.


As mentiras jogadas na mesa

O pai de Gypsy, Rod Blancharde, explicou que a filha nasceu saudável, mas quando completou três meses, Dee Dee, se convenceu que a filha tinha apneia do sono e que pararia de respirar no meio da noite. Ela então conseguiu um controlador de respiração e a cada dia que se passava ela vinha com uma história diferente. Aí foi o início das mentiras.

A mãe sempre encontrava alguma doença para colocar na filha assim seus problemas de saúde só aumentava, mas ela que dava os diagnósticos.

Ela começou a receber ajuda do governo para cuidar da filha, instituições de caridade começaram a ajudar a família também. Aí ela viu que poderia se aproveitar ainda mais da situação e ganhou até uma viagem para a Disney com sua filha.

Os médicos suspeitaram que Dee Dee, poderia ter a Síndrome de Munchhausen, tal síndrome faz com que a pessoa finja sintomas físicos e psicológicos para chamar a atenção e ter empatia das pessoas ao seu redor.

Relatórios médicos revelaram que Dee Dee levou a filha ao hospital mais de 100 vezes entre 2005 e 2014.

No documentário feito pela HBO, tv a cabo, Gypsy, alegou que era obrigada a colocar um aparelho para respiração, antes de ir dormir, mas que aquele aparelho piorava sua respiração em vez de ajudar, ela conta ainda que tinha um tubo de alimentação em seu estômago, pois ela alegou que sua mãe havia dito que ela tinha problemas para se alimentar e acada 6 meses ela tinha que ir ao hospital trocar os tubos.

Pelo que deu aperceber assistindo ao documentário é que Gypsy, ficou tanto tempo sendo protegida pela mãe, se é que pode dizer assim, que ela acabou se acostumando com todas as suas ordens sem questionar, sabe quando você faz tanto uma coisa que acaba fazendo depois tudo por impulso? Foi isso que aconteceu com ela, ela apenas aceitava o que a mãe dizia e simplesmente aceitava.

Ela disse ter sido enganada pela mãe, a única coisa que sabia, era que ela podia andar, mas as outras doenças, ela realmente acreditou que tinha. Os remédios que ela tomava tinha efeitos colaterais em Gypsy, por isso médicos acreditavam na versão da mãe, e achavam que estavam tratando a menina.


O Crime

Foi Gypsy quem comprou a faca que matou Dee Dee, sua mãe. Mas os golpes mortais foram dados por Nicholas, seu namorado. Em junho de 2015, o rapaz entrou em casa quando a mulher de 48 anos já estava dormindo. Gypsy lhe deu luvas, fita e a faca, escondendo-se em seguida na casa de banho. Nicholas dirigiu-se ao quarto e, confessaria mais tarde à polícia, que esfaqueou a mulher que dormia de costas para baixo.

“Eu ouvi ela gritar uma vez, e houve mais gritos, mas não como nos filmes de terror. Como se fosse um grito de surpresa, ela perguntou: 'Quem está no quarto?'. Ela gritou o meu nome umas três ou quatro vezes”, contou Gypsy, conforme cita a ABC News. “Nesse momento eu queria tanto ir ajudá-la, mas estava com medo de me levantar. Era como se o meu corpo não se mexesse. De repente, ficou tudo silencioso”.

Depois de cometeram o crime, o casal pegou um táxi e foram para o hotel onde o namorado estava hospedado, Mais tarde, Gypsy disse que estava feliz em começar uma vida nova, mas a felicidade se misturava com lágrimas de culpa e saudades da mãe.

Em depoimento, Nicholas disse se sentir horrível com toda a situação. Segundo ele, Gypsy falava. “Para de chorar, para de chorar. Não há razão para chorar, a ideia foi minha, não foi tua.” Em entrevista a ABC news ele disse. “Eu rezei assim que cheguei ao hotel. Tentei fazer com que a alma da mãe dela me perdoasse.”


Gypsy pegou a pena mínima, 10 anos. Ela está cumprindo sua sentença numa prisão dos Estados Unidos, e poderá pedir sua liberdade em 2023.

“Acho que ela teria sido a mãe perfeita para alguém doente de verdade. Mas eu não sou doente. É uma diferença bem grande”, disse Gypsy em entrevista.


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